21 de janeiro de 2011

“Estudantes” com a lição bem estudada na deslocação ao “Ramos de Carvalho”



Depois do empate a três golos averbado frente ao União de Coimbra A, segundo classificado, os infantis da Adémia foram surpreendidos, na jornada seguinte, no seu reduto (Campo Ramos de Carvalho), pela Académica/OAF A. Tratou-se de uma derrota por números expressivos, (2-6), numa partida que começou praticamente com o golo da turma “escolar” e que teve reflexos na capacidade de reacção dos jovens ademienses.
A boa réplica patenteada contra o emblema da “Cruz de Santiago” não esteve presente no confronto com os “estudantes” que, a sensivelmente a meio do primeiro período de jogo, os “azuis e brancos” já perdiam por quatro golos sem resposta, muito por culpa de um ataque venenoso: a cada incursão à baliza contrária os academistas responderam com golos, representando bem as dificuldades encontradas para suster as investidas dos visitantes.
Apesar de abatida emocionalmente, a equipa da Adémia procurou equilibrar o rumo dos acontecimentos, chegando mesmo a reduzir a diferença aos 20 minuto, num golo apontado por Pedro Guilherme, mas a Académica, que passou rapidamente para a posição de vencedor muito cedo, nunca mais perdeu o controle do jogo, chegando ao intervalo já com uma vantagem confortável.
O segundo período de jogo foi de consolidação da superioridade dos estudantes, mas pela frente teve de contar com um conjunto fortificado sob o posto de vista psicológico, superiormente administrado pelo técnico Augusto Nogueira no balneário. Contudo, a vantagem do adversário não permitiu grandes veleidades aos avançados ademienses que, mesmo assim, ainda alcançaram um golo que, de certa forma, ajudou a minimizar os efeitos nefastos de uma derrota desenhada nos primeiros minutos da partida.
Os “estudantes”, já com um avanço confortável, fez o jogo mais conveniente e uma gestão tranquila do resultado, consciente de que a vitória já não lhe fugiria. O jogo terminou com o marcador em 2-6, mas os jovens atletas da Adémia esperam agora, frente ao Pedrulhense, rectificar as adversidades a que estiveram sujeitos no confronto com os academistas.
Pese embora se julgue o contrário, o futebol não é um jogo de grande simplicidade. Por exemplo, a equipa de infantis da Adémia tem sido, na presente temporada, alvo de uma “escravidão” atroz, face à promoção da rotatividade, um factor importante a ter em linha de conta. Esta estratégia deve-se, acima de tudo, ao excesso de atletas para uma formação de infantis, implicando a utilização de todos mas que, de certa forma, retira algum brilhantismo dentro das quatro linhas e que se reflecte, posteriormente, nos resultados.
Nesta altura do campeonato é impensável inverter esta “ginástica” meticulosa mas que pode, e deve, servir de alerta para conjugações futuras. Bastava, no inicio de época, captar mais dois ou três atletas para que a Adémia pudesse, à semelhança de outras colectividades contíguas, participar no Campeonato Distrital de Infantis da Associação e Futebol de Coimbra com duas equipas.
Em suma, teria de existir uma abordagem conjunta, que implicasse a estratégia do clube junto da comunidade jovem, sem descurar a vertente do treino, colocando um ponto final na rotatividade devido ao excesso de atletas para uma só equipa. Como tudo na vida, a quantidade não é sinónimo de qualidade… 

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