8 de fevereiro de 2011

Cristiano Ronaldo e Lionel Messi reeditam duelo de gigantes na Suíça

O português Cristiano Ronaldo e o argentino Lionel Messi voltam a reencontrar-se, mas desta vez em representação das respectivas selecções, o primeiro confronto de 2011 entre os dois jogadores, citados muitas vezes como os dois melhores do mundo.
O último confronto entre os dois jogadores ocorreu em finais de Novembro, numa partida da Liga Espanhola disputada no Camp Nou, onde o Barcelona goleou por 5-0 a equipa do português, apesar de Lionel Messi, grande estrela dos catalães, não ter marcado, com os dois jogadores a actuarem os 90 minutos.
Entre os seus principais duelos de um passado recente destaca-se a final da Liga dos Campeões, na época 2008/2009, na qual Lionel Messi marcou um golo na vitória do Barça por 2-0 sobre o Manchester United, em Roma, quando Cristiano Ronaldo ainda vestia as cores da formação inglesa.
Nos prémios individuais referentes aos últimos anos, o português conquistou a dobradinha FIFA World Player/Bola de Ouro em 2008, à frente do argentino. Já em 2009 as posições inverteram-se e Lionel Messi saiu vitorioso, enquanto em Janeiro deste ano o argentino recebeu o novo prémio unificado Bola de Ouro FIFA.


Portugal e da Argentina defrontam-se quarta-feira em jogo particular que oporá algumas das maiores figuras do futebol mundial, entre os quais aqueles que são considerados os dois melhores jogadores da actualidade, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.
Entre Portugal e Argentina, cotadas no “ranking” FIFA em oitavo e quinto lugares, respectivamente, há alguns aspectos comuns no seu trajecto recente, o primeiro dos quais o facto de terem sido as últimas selecções a derrotarem o actual campeã da Europa e do Mundo, a Espanha.
Mais do que derrotar os espanhóis, por hoje proeza ao alcance de muito poucas equipas, o que surpreendeu verdadeiramente foram os números das vitórias de Portugal (4-0) e Argentina (4-1), que se vão defrontar pela sétima vez, depois de seis particulares, o último dos quais em 1972, no Rio de Janeiro, que terminou com a única vitória lusa (3-1), contra quatro dos sul-americanos.
Outro ponto comum entre ambas resulta da modesta participação no Mundial da África do Sul, para o qual partiram como potenciais candidatos a discutirem o título juntamente com Espanha, Brasil, Alemanha, Itália, Holanda e Inglaterra. A selecção portuguesa “caiu” nos oitavos de final “aos pés” da Espanha enquanto os argentinos se quedaram pelos quartos de final perante a Alemanha.
Os respectivos seleccionadores, Carlos Queiroz e Diego Maradona, acabaram por ser afastados dos cargos que ocupavam em consequência da má prestação competitiva na prova, a despeito das circunstâncias distintas que envolveram as saídas de um e de outro.
Os respectivos sucessores, Paulo Bento e Sérgio Batista, antigo internacional argentino, campeão do mundo em 1986, tiveram o mérito de criar um clima saudável de grupo e transmitir uma ideia de identidade colectiva que permitiu potenciar o talento dos jogadores que têm à disposição, de que são exemplo mais notório a subida de rendimento observada em Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.


O facto do encontro ser particular e não estarem pontos em jogo pode contribuir para proporcionar um grande espectáculo de futebol, se os aspectos tácticos não forem sobrevalorizados pelos dois seleccionadores a ponto de condicionarem a iniciativa e a criatividade dos artistas de ambos os lados.
Entre estes, registe-se a ausência de Pepe e Ricardo Carvalho do lado português e de Carlos Tevez e Kun Aguero do lado argentino, e a curiosidade de Sérgio Batista ter chamado dois jogadores que actuam em Portugal, o central Otamendi, do FC Porto, e o médio esquerdo Nico Gaitán, do Benfica.
O avançado argentino do Inter de Milão, Diego Milito, contraiu uma lesão muscular e não vai defrontar o seleccionado lusitano, segundo informou o sítio oficial da Federação Argentina de Futebol. O seleccionador Sérgio Batista, que decidiu não convocar ninguém para o seu lugar, por ter sido um impedimento de última hora, dirigiu hoje um treino à porta fechada em Nyon, a quarenta quilómetros de Genebra.
O palco do jogo será o Stade de Genéve, em Genebra, depois de ter sido anunciado para o Emirates Stadium, em Londres, onde habitualmente actua o Arsenal, mas o facto de a Inglaterra jogar à mesma hora nesse dia, frente à Dinamarca, em Copenhaga, levou à mudança do local da partida.
A partida, cujo início está previsto para as 21h00 locais (20h00 portuguesas), será dirigida pelo árbitro suíço Massimo Busacca.


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