25 de janeiro de 2011

“Derby” no pelado e com goleada à moda antiga



A Adémia goleou o Pedrulhense por 2-7 num jogo que valeu essencialmente pelos golos e pelo desperdício de outros tantos. Pese embora a chuva de golos, o espectáculo não teve a qualidade desejada, muito por culpa de um campo de terra batida que, infelizmente, “trava” em demasia a técnica dos atletas e que acabou por prejudicar as duas equipas.
Apesar desse factor, ao qual se coligou o muito frio que se fez sentir e com reflexos negativos para os jovens atletas que, por diversas vezes, evidenciaram dificuldades para “atacar” a bola ou, simplesmente, servir os companheiros com precisão ambicionada, a Adémia triunfou com todo o mérito, pois foi a melhor equipa desde o apito inicial do árbitro.
Com efeito, os ademienses entraram bem e, com rápidas transições, criaram sérios problemas à defensiva da casa que revelou lentidão quanto baste, o que permitiu aos visitantes obterem um golo “madrugador” e que os catapultou para uma exibição inequívoca.
O Pedrulhense, manifestamente inferior do ponto de vista técnico-táctico, foi aguentando a muito custo a pressão exercida pelos comandados do professor Augusto Nogueira. Na condição de vencedora desde muto cedo, a Adémia, por seu turno, intensificou as acções ofensivas e foi com toda a naturalidade que dilatou o marcador, perante a passividade e fragilidade caseira, conjunto que se revelou diminuído pelas fragilidades de argumentos para se impor capazmente ao poderio do adversário circunstancial.
No entanto, e contra a corrente do jogo, o desânimo que momentos antes tinha tomado conta dos jovens da formação da Pedrulhense, deixou de desvanecer com a obtenção de um golo, reduzindo a vantagem do “rival” para os mínimos (1-2). Tratou-se de um momento mágico festejado com veemência, permitindo uma reacção pálida, mas imediata, à qual a Adémia respondeu com cuidados redobrados a fim de não se deixar surpreender de novo.
A oposição do Pedrulhense, contudo, foi sol de pouca dura, uma vez que a Adémia voltou à carga para repor os valores anteriormente “profanados”. Dois golos praticamente de rajada quebraram de vez os ímpetos caseiros e, a exemplo da afinidade da temperatura que se fez sentir na manhã de sábado, os jovens visitados regelaram integralmente que, antes do intervalo, ainda viram a sua baliza violada pela quinta vez.
Retemperadas as forças após o regresso do balneário, ambas as equipas dispuseram-se a combater o surpreendente frio, com temperaturas muito baixas, onde pontapear a bola passou a ser um calvário. Durante alguns minutos esta foi, sem dúvida, uma batalha dolorosa de travar.
Com a vantagem edificada no primeiro período, os defesas da Adémia foram sustendo com normalidade o “assalto” à sua baliza – o guarda-redes João Dias foi, inclusivamente, chamado, com cerca de 10 minutos da segunda parte, para substituir João Sousa –, cabendo aos avançados “azuis e brancos” desperdiçar golos em catadupa. Mesmo assim, os ademienses ainda lograram o sexto golo, para júbilo dos sócios e simpatizantes – poucos mas bons, diga-se em abono da verdade –, como que a “anular” os mesmos seis sofridos na jornada anterior.
Até final da partida s dois conjuntos ainda tiveram tempo de marcar um golo para cada lado, mas a vitória da Adémia ficou demonstrada pelo planeamento erigido durante a semana. No “derby” que virou a página da primeira volta do Campeonato Distrital de Infantis (Série B) da Associação Futebol de Coimbra, assistiu-se a um triunfo justo da Adémia perante um Pedrulhense que mostrou falta argumentos para contrariar um jogo bem urdido dos “azuis e brancos” que golearam à moda antiga.

Resultados da jornada

Pedrulhense-Adémia  2-7
Académica/OAF A-Souselas  2-2
U. Coimbra A-União FC  3-0
Académica/SF A-Académica/SF B  3-0
Lorvanense-U. Coimbra B  9-0
Brasfemes-Académica/OAF B  0-6
Ançã-Eirense  1-1

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