15 de março de 2011

Ademienses ainda “travaram” turma escolar durante os primeiros 20 minutos…


A equipa de infantis da Adémia tinha, na pretérita jornada, uma espinhosa missão pela frente: travar a Académica/OAF B, formação que apenas cedeu dois empates no Campeonato Distrital da categoria (Série B) da Associação de Futebol de Coimbra.
Os ademienses ainda conseguiram resistir nos primeiros 20 minutos ao líder do campeonato, numa partida onde o emblema das camisolas “negras” da formação escolar parecia não ter qualquer peso. No entanto, e num espaço de poucos minutos, o conjunto orientado pelo professor Augusto Nogueira acabou por sofrer dois golos, de certa forma inocentes, motivando quase por completo a desagregação e ambição que levava na bagagem na curta viagem ao “Dolce Vita”.
Seis golos sem resposta acabam por se traduzir num resultado pesado, sobretudo pela estoicidade evidenciada pelos jovens que vestem de “azul e branco” nos minutos iniciais, sem que para isso criasse grandes oportunidades para surpreender o guarda-redes adversário. Naturalmente que o poderio da Académica nunca esteve em causa, se bem que teve de suar as estopinhas para neutralizar o último reduto ademiense que, em parceria com a linha intermédia, “construiu” um “muro de betão” para “tapar” todos os caminhos para a sua baliza.
Durante cerca de 20 minutos a Adémia susteve com alma e determinação as investidas atacantes dos estudantes, aguentando o empate a zero num embate emotivo, disputado em bom ritmo. Até ao golo inaugural, os jovens ademienses apostaram em conter as iniciativas ofensivas dos estudantes, recorrendo de forma pragmática à defesa e fechando a “sete chaves” os espaços aos avançados e médios opositores, utilizando como resposta possível o contra-ataque, se bem que de forma espaçada e lenta.
Dois golos de rajada acabaram por tranquilizar a turma escolar e cercar-se com perigo junto da baliza à guarda de João Sousa, exibindo um “forcing” nos últimos minutos da etapa inicial, coroada com um golo de belo efeito, atingindo o intervalo com a diferença de três golos a seu favor.
A segunda parte foi um espelho da primeira. A Adémia entrou bem mas foi a Académica que desenvolveu os melhores lances, com ascendente claro no jogo, tentando dilatar a diferença o mais rapidamente possível. Para além disso, a turma escolar não deixou a Adémia sair do seu meio-campo, fazendo-o apenas através de contra-ataques, estes sempre bem controlados pela linha mais defensiva.
A cerca de um terço da segunda parte, a Académica beneficiou de uma grande penalidade, ms a bola acabou por ser devolvida pelo poste esquerdo da baliza à guarda de João Sousa. Este desperdício, contudo, não teve efeitos nefastos para os “estudantes” que, poucos minutos depois, voltaram a festejar o quarto golo num lance de insistência.
A jogar no seu reduto, a Académica aproveitou algum desnorte patenteado pelo conjunto ademiense para chegar com naturalidade ao quinto e ao sexto golo. A Adémia, embora tenha revelado ineficácia no ataque, ainda construiu dois lances para reduzir a diferença. Verdade seja dita, a formação comandada pelo professor Augusto Nogueira nunca deitou a toalha ao chão e lutou até ao fim.
Num encontro onde a vitória da Académica não sofre contestação, face à superioridade patenteada e que fez por merecer o resultado, a Adémia bateu-se com galhardia com as “armas” que dispõe, dada a indisponibilidade de dois jogadores influentes na manobra da equipa: Marcelo e Leandro – o primeiro condicionado devido a intervenção cirúrgica e, o segundo, sofreu uma lesão no último treino, aos quais se juntou David, motivado a doença.
Contrariedades à parte, o professor Augusto Nogueira continua a fazer milagres e, mais uma vez, conseguiu adaptar uma equipa limitada do ponto de vista técnica-táctica, numa formação que procura dar tudo, independentemente do valor do adversário. Parafraseando Mahatma Gandhi, “como nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer”!” Elucidativo.

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