7 de fevereiro de 2011

Se o segredo é disfarçar, então mais vale nunca desistir


Por Carlos Sousa

Parafraseando Henry Ford, “Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso e trabalhar em conjunto é a vitória”. Todos, sem excepção, procuramos aclarar planos no nosso imaginário no sentido de conquistar o mundo. De forma sucessiva, diligenciamos ou, simplesmente, circundamos, objectivos. Nem que sejam lacónicos. Alcançar o triunfo faz parte integrante do nosso imaginário.
Muitas vezes, quiçá a maioria das vezes, os objectivos, previamente traçados, são alcançados sem qualquer traço de mérito. Há quem defenda objectivos sucessivos – e bem –, em detrimento de metas, “pois esta termina logo ali”. Contudo, alcançar metas não deixa de ser também um objectivo claro e inequívoco de quem, persistentemente, carrega no acelerador ou, simplesmente, opta pelo sprint e cruzar a linha de chegada com êxito.
Trata-se de um limite para um dia mas, no seguinte, existe outra meta para conquistar. Os verdadeiros campeões festejam triunfos imediatos, contudo não descuram os obstáculos seguintes. Cada um pode interpretar, à sua maneira, objectivos e metas. Ninguém é dono de ninguém e, muito menos, colocar em causa paixões.
Esta “sopa de concepções” vem a propósito de um texto intitulado “Pode tombar… mas não cai” que li e reli no post oficial da Associação Desportiva e Cultural da Adémia. Sim, li e reli e, sinceramente, não alcancei a mensagem ou para quem se dirigia. A única certeza de que fiquei é que a mensagem passou a uma velocidade estonteante.
“Dar voz a todos os que, diariamente, fazem da colectividade uma grande família por carolice, por gozo e por satisfação pessoal, ajudando a manter o clube, formador por excelência, dia-a-dia, semana após semana, mês após mês, ao longo de uma temporada, de cada vez, ao longo de 30 anos”, compreendi na perfeição, o mesmo se aplica às reuniões de planeamento, “pois dão viva voz a todos os colaboradores, sejam eles treinadores, seccionistas, fisioterapeutas ou meros colaboradores”.
Não tenho a mínima dúvida de que “todos, sem excepção, querem o melhor para o clube, para o SEU Clube”. Totalmente de acordo. Mas, depois de ler e reler o fraseado seguinte, a minha concepção de ideias ficou desequilibradamente baralhado. Foi como se jogasse à defesa e tivesse ficado nas “covas”, sem autoridade de reacção, face ao poderio do avançado que, de pronto e aos 90 minutos, marcou um golo na minha baliza que tanto me custou a defender durante penosos 89 minutos.
Ora vejamos. O referido texto termina de forma enigmática e, por muito que tenha lido e relido, fiquei exactamente na mesma, a não ser que haja uma indirecta que me passou completamente ao lado e, se assim foi, então opto por alcançar objectivos ou, simplesmente, endireitar-me, pedalar vigorosamente e rumar para a meta. Se o segredo da mensagem é disfarçar, então mais vale nunca desistir.
Jamais renunciarei dos meus ideais e, naturalmente, das minhas obrigações. Nunca fui adepto de paixões assolapadas, que é o mesmo que dizer disfarçadas. Voltei e ler e reler a última frase do texto “Pode tombar… mas não cai” mas consegui decifrar o enigma.
“Só assim, com muita PAIXÃO e sem "rodriguinhos" ou "corridas curtas" se consegue ter "fôlego" para se SER corredor de fundo. Amigos, tenham sempre na vossa vida OBJECTIVOS sucessivos para atingir e nunca METAS pois esta termina logo ali, enquanto que, objectivo atingido temos que pensar de imediato no seguinte. Mãos à obra pois...” Esta é a frase que me fez sentar na secretária e escrever esta “sopa de concepções”…
Por último, e não menos importante, é de capita importância que seja actualizado o destaque dos aniversariantes em Fevereiro. Há um atleta dos infantis que faz hoje 13 anos e que ainda andava na barriga da mãe e já era sócios da Associação Desportiva e Cultural da Adémia. Por outro lado, dá-se relevância a outro jovem, da mesma idade, mas que “viajou” de “malas e bagagens” para a Associação Académica de Coimbra. Incompreensível…

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